Fonoaudiologia


Numa época em que a comunicação torna-se cada vez mais importante, dizemos que, 20% da população apresenta dificuldade no ato simples e natural da emissão da palavra falada. Essa é a expressão de nossa personalidade no convívio familiar, no campo profissional e no mundo.

 A fonoaudiologia visa tratar a emissão da voz e da fala, melhorando a função da musculatura orofacial, exercitando a língua, lábios, bochechas, palato e mandíbula, com técnicas específicas. No caso de pacientes que trocam /C/ por /T/  (exemplo coca-cola por tota-tola), dizemos quer há “dislalia”. Ás vezes ocorre que omissão do fonema /R/ (ex.: cara por caa). Nesse caso o paciente geralmente não consegue vibrar a língua.

 Quando ocorre mau posicionamento da língua instala-se o que chamamos de “deglutição atípica” (anormal), todos os músculos da cavidade oral entram em ação, ocorrendo a dificuldade na emissão dos fonemas /t/, /d/, /n/, /l/, /s/. Assim pode ocorrer ainda má-oclusão da arcada dentária, dentes apinhados e respiração bucal. O encaminhamento ao ortodontista é fundamental para correção mais eficaz. Em se tratando de problemas relacionados à correção dentária e da deglutição atípica, aconselhamos tratamento ortodôntico e fonoaudiológico na maioria dos casos.

 A língua exerce um papel importante na oclusão dentária. A sua postura defeituosa, quer na posição de repouso ou no uso de suas funções, desequilibra os dentes. A língua e a mandíbula são órgãos articuladores que influenciam na ressonância, modificando as vezes a forma da cavidade oral. Isto só se realiza se o cérebro não apresenta comprometimento, porque o homem não fala só pela boca, mas a boca obedece aos comandos cerebrais.  

As causas das dificuldades de emissão da palavra são várias:
- congênitas: Lábio leporino, fissura palatina, freios de língua e lábios anormais;
- hereditárias : falhas na arcada dentárias, dentes apinhados, e má oclusão das arcadas;
- adquiridas : chupar dedo, respiração bucal, alergia, chupeta, adenóides e amígdalas hipertróficas.  

O indivíduo que adquiriu o hábito de respirador bucal pode desenvolver seqüelas de severidade variável ao nível bucal, corporal e psicossocial, tais como: sono agitado, baixo rendimento escolar, atresia das arcadas, má posição de dentes, hipertrofia da adenóide.

Dra. Rosane Goldenberg
CFFa. 2268
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